Tocador de ilusões

5 comentários:

  1. hihihi! Triste transformado em Belo! Adorei!!!

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  2. E a fotografia, agradece ;)

    Mais destas, José.

    (blueiceangel)

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  3. Gosto muito das suas fotos.
    Mas desta não. Este jovem, que não sei se é da família do daqui de Lisboa, se estivéssemos num país a sério tinha um processo por explorar e causar sofrimento desnecessário ao animal - os cãezinhos desde apenas poucas semanas de idade são forçados a estar sentados imóveis, horas. Sem poderem mudar de posição, sob pena de serem agredidos, sem fazerem necessidades, sem descanso, sem água. Sempre na mesma posição. Ao frio, se estiver frio, a arrefecerem até estarem hirtos de gelados. Ao calor, se estiver calor. Para agravar ainda as coisas, têm que carregar na boca aquele cesto, com moedas. A corda a cortar a língua, o peso na boca, nos músculos do pescoço. Sem poderem descansar, imóveis. Onde está a poesia disto?
    Quanto ao jovem... se for da qualidade do que conheço bem daqui de Lisboa, não querem trabalhar, vão à escola para não perderem o rendimento mínimo, chumbam consecutivamente. O que foi meu aluno, porque sou Professora numa conhecida escola de Lisboa, chegou aos 16 anos no 7º ano e na verdade nem aprender a ler e escrever quis. Para quê? Estamos em Portugal!
    Fiquei tristemente surpreendida pela sua falta de sensibilidade.
    Quando apontou a camera, deu o seu aval.
    Nada disto é belo.
    A arte não serve para embelezar, legitimar e branquear o que de pior tem a nossa sociedade.
    E já agora, também deu uma esmola, incentivando assim esta prática inadmissível?
    Prof.IM

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  4. Senhora Professora IM,

    Antes de mais, deixe-me agradecer-lhe o facto de sujeitar algum do seu tempo a visitar o meu blog, onde tento mostrar, o melhor que sei, o que tenho aprendido sobre a arte da Fotografia e, assim, partilhar uma actividade que me dá tanto, mas tanto prazer.

    Em relação ao seu comentário, respeito e entendo a sua opinião e, em parte, concordo com a mesma.

    Mas, como todos sabemos, a nossa sociedade também tem estes "quadros" menos dignos e o nosso país, infelizmente, é farto neles.
    Tem toda a razão quando pormenoriza todo o sofrimento a que este e outros animais em situações análogas estão sujeitos, mais uma vez, creio, fruto de uma "cultura" que teima em persistir.

    Não é, de forma alguma, minha intenção embelezar, legitimar ou branquear esta situação aqui retratada.

    Muito pelo contrário, - e acredite que não foi de ânimo leve que fiz a fotografia! - quis mostrar, através da imagem, tudo o que a Senhora Professora deixou expresso no seu comentário. Oxalá haja um dia em que semelhantes vivências não possam ser fotografadas.

    Porque muitas vezes, pelo hábito, pela falta de tempo, pelo incómodo, de tanto se repetirem cenários como este, acabamos por banalizar o que não nos pode deixar indiferentes.

    Porque a Fotografia não deve - não pode - mostrar apenas cenários idílicos.
    E porque a fotografia deve, sempre, despertar a atenção, os sentimentos, e nunca, deixar-nos indiferentes.

    Obrigado.

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  5. Fotografia antes de tudo o mais e enquanto meio de comunicação, serve para alertar, despertar sentimentos e emoções nos seus observadores, e esta pelo teor dos comentários tecidos cumpriu com o seu propósito. Neste caso diria mesmo que a manifesta indignação se reveste de elogio ao autor.
    Temos bons exemplos nos trabalhos dos mestres Sebastião Salgado ou do Steve McCurry, muitas das suas imagens chocam pela dura realidade que retratam, mas o fotógrafo é apenas isso, um mensageiro que deve acima de tudo cumprir com respeito e dignidade a sua missão. Ora aqui não vejo nenhum atropelo a esses valores, quando me parece que o autor se limitou a registar um momento que infelizmente tende cada vez mais a caracterizar a nossa actual sociedade e que para isso teve o aval dos seus intervenientes, tudo o mais são questões alheias à fotografia.
    É certamente um desejo de muitos de nós que o nosso mundo fosse feito de cenários idílicos, mas por enquanto isso ainda é um sonho entre tantos outros.

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